quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Novidades em nossa fauna!

Pesquisadores reconhecem nova espécie de ave descoberta em Minas




Alfredo Durães - Estado de Minas



Publicação: 22/12/2010 06:56 Atualização: 22/12/2010 07:38





O tapaculo-serrano, descoberto nas montanhas de Minas, é reconhecido pela comunidade científica internacional

Há 14 anos, o então estudante de biologia Marcelo Ferreira de Vasconcelos ouviu um canto de pássaro que nunca tinha escutado. Ele estava num trabalho de campo na Serra da Piedade, no município de Caeté, na Grande Belo Horizonte, e, ao ouvir os primeiros piados, teve a quase certeza de que era de uma espécie diferente, visto que conhecia bem aquele terreno e nunca tinha ouvido nada igual. Imediatamente, a chama da curiosidade se acendeu. Fogo que durou até este ano, quando, finalmente, conseguiu mostrar ao mundo o tapaculo-serrano. Trata-se de uma ave que praticamente não voa: ela caminha como um rato no solo de ambientes sombrios das grotas que entrecortam as serras mineiras.



Atualmente como professor do curso de mestrado em zoologia da PUC Minas, em Belo Horizonte, Marcelo conta que na mesma época os pesquisadores Bret Whitney, José Fernando Pacheco e Luís Fábio Silveira descobriram a ave na Serra do Caraça, em Catas Altas. Todos se reuniram para descrever a nova espécie, estudo que tomou cerca de 15 anos de pesquisas em outras montanhas, análises genéticas, visitas a vários museus brasileiros e ao famoso Museu Americano de História Natural, em Nova York.



"O reconhecimento pela comunidade científica internacional de uma nova espécie é algo custoso e que demanda tempo", explica o professor. Basicamente, é dividido em três fases: análise genética; pesquisa de exemplares em museus e publicações; e a descrição da espécie. Nesse meio tempo, a descoberta pode inclusive ser contestada por outros estudiosos, como foi o caso do tapaculo-serrano. Alguns consideraram que a espécie já tinha sido “batizada”, em 1835, pelo naturalista francês Jean Moris Edouard Ménétriès. Porém, análises de diversos exemplares depositados em museus e das fotografias de excelente qualidade da ave coletada por Ménétriès (hoje depositada no Museu de Zoologia de São Petersburgo, na Rússia) mostraram que a espécie descrita pelo francês era o tapaculo-preto (Scytalopus speluncae), típica das montanhas mais próximas ao Oceano Atlântico.



A partir daí, e do reconhecimento de revistas especializadas, a espécie encontrada pelos pesquisadores em Minas Gerais foi considerada realmente nova, sendo descrita em junho na Revista Brasileira de Ornitologia, com o nome de Scytalopus petrophilus. Marcelo Vasconcelos explica que a denominação nasce a partir das determinações de um complicado Código Internacional de Nomenclatura Zoológica. O nome petrophilus, do grego "amante das pedras", refere-se ao fato de a ave viver geralmente associada aos ambientes rochosos, típicos dos topos de montanha. O nome em português, tapaculo-serrano, reconhece que a distribuição geográfica da espécie está restrita às serras, da região da Mantiqueira até os arredores de Diamantina. Ainda não há indícios de sua existência fora das montanhas de Minas Gerais.



Diferentemente de muitas aves com cores que chamam a atenção, o tapaculo-serrano não é vistoso e também não tem canto melodioso. Sua coloração geral é cinzenta, com a barriga esbranquiçada e laterais do corpo amarronzadas com barras marrom-escuras. Seu canto é monótono, consistindo de uma série repetitiva de notas, algo como um "tién-tién-tién-tién...", ouvido principalmente nas primeiras horas das manhãs frias e nubladas, típicas das montanhas mineiras.



Segundo o professor Vasconcelos, não é possível afirmar que a espécie está ameaçada de extinção porque só foi descrita recentemente e isso ainda não foi avaliado. Diz também "que até o momento não se sabe quantos exemplares existem, mas devem ser milhares, já que a espécie é relativamente abundante nas serras mineiras. Ela alimenta de insetos e ainda não se sabe sobre sua reprodução".



Importância



Vira e mexe, a mídia nos traz informações sobre descobertas de espécies animais, vegetais ou micro-organismos, numa prova de quanto a natureza é rica e cheia de surpresas. Uma pergunta, no entanto, se faz necessária: qual a importância do descobrimento dessas espécies e no que, efetivamente, elas contribuem para a ciência?



Para o professor Marcelo de Vasconcelos, que também é da Associação Montanhas do Espinhaço, a apresentação sinaliza para um sentido maior de preservação ambiental. "Além de despertarem interesse para a conservação delas próprias – que podem atuar como “guarda-chuva”, protegendo áreas que também têm outras espécies –, elas podem nos dar muitas informações interessantes sobre a biogeografia. Exemplo: ao se encontrar uma espécie nova que tem um parente próximo (filogeneticamente) em outra região geográfica, pode-se levantar hipóteses que expliquem este padrão, tais como conexões paleoambientais entre as áreas de distribuição destas espécies, formação de barreiras geográficas, dispersão etc.", explica.



Outro professor, Marcos Rodrigues, do Departamento de Zoologia da Universidade Federal de Minas Gerais, diz que o caso do tapaculo-serrano mostra que muita coisa ainda está para ser descoberta. “E é revelador que tenha sido em Minas Gerais. Na Amazônia as descobertas naquele mundo de florestas são mais frequentes, mas aqui, ao lado de Belo Horizonte, chama muito a atenção.” Rodrigues acrescenta que o estudo de novas espécies permite que se analise o clima, as mudanças climáticas no passado e futuro e o papel que elas desempenham no ecossistema em que vivem, entre outros fatores. Ele revela que outra nova espécie, também de Minas Gerais, está para ser anunciada. No entanto, se nega a dizer qual é, se é animal ou vegetal ou mesmo quem está conduzindo os trabalhos. “Anunciar antes de o processo ser concluído atrapalha seu andamento”, explica. A única dica que dá é quanto à data prevista: "Pois é… é para quando fevereiro chegar".

Tags: ave descoberta ornitologia tapaculo-serrano

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

domingo, 12 de dezembro de 2010

Apelo de uma sapucaia!

Olá!


Se voces ainda não me conhecem,me apresento,sou uma árvore da mata atlantica conhecida por Sapucaia.

Fui plantada aqui na Chácara Canto do Canário ,com muito carinho,no longo periodo de seca recebia diariamente uma lata de água

e adubos para que me desenvolvesse.Meus frutos alimentam a fauna,minhas velhas folhas recicladas fornecem material organico para a terra e em minha sombra descançam os viajantes ouvindo em meus galhos a sinfonia dos pássaros.

Agora com dez anos de idade já se podem ver as minhas primeiras flores,são cachos pequenos e maravilhosos que se transformarão em frutos...(Se os inescrupulosos engenheiros do Departamento de estrada deixarem)

Estão construindo uma estrada" ecológica".E agora ameação me destruir.

Deixo aqui o meu apelo para todos aqueles que tenham alma e amam a natureza que façam o que puderem para me ajudar,pois sou apenas uma árvore,mas que tive chance,através de alguém ,para expor o meu drama.

Será que vale a pena ?Construir uma estrada derrubando árvores,sendo que dizem ser uma estrada ecológica?Fica aqui o meu pedido de socorro.

domingo, 5 de dezembro de 2010

Pedido de socorro!

MEU CRESCIMENTO E O AMBIENTE EM AGONIA!




Quando criança andava por caminhos sinuosos,cercados pelas matas,

Onde viviam inúmeros animais silvestres que cruzavam os caminhos á todos os momentos. Pássaros como o bem ti vi,sabiá,guaxo,melro,tico-tico,curió,canário,andorinhas,almas de gato,tucano,anu,jacu e muitos outros faziam seus ninhos em enormes árvores centenárias.O ribeirão de águas claras e límpidas abrigavam lambaris,bagres,traíras que ao amanhecer aqueciam ao sol nas partes mais rasas,nas pedras e eram caçadas por mim nas manhãs frias de um rigoroso inverno.

As casas de pau a pique,cobertas de sapé,cercadas

Por frondosos arvoredos,como se estivessem escondendo dos homens,no seio da mata.As cercas de bambu verde e amarelo,como a dizer que eram brasileiros,amarrados com cipó,que quando velhos e apodrecidos,voltavam a natureza cumprindo assim o seu ciclo.

Mas ,cresci,os tempos mudaram e vi tudo isso ser destruído.Vieram os enormes tratores rasgando as entranhas da terra,dilacerando os morros,ferindo os barrancos com suas afiadas laminas,derrubando árvores. E as matas sendo destruídas por machados e motos serras.

As árvores transformadas em carvão para a transformação poluente do minério de ferro ,em aço.A fumaça dos fornos intoxicavam os pássaros que desapareciam para sempre.As cabanas foram substituídas por casas de laje.As cercas de madeira,por arame farpado e mourões de concreto,no ribeirão de águas claras e límpidas,onde se viam os cardumes de peixe que bailavam em um maravilhoso balé agora são só sacos plásticos,latas ,garrafas boiando em sua s águas escuras e nem mais vidas há por lá.

Enquanto eu crescia ,me tornando um ser adulto,a natureza era ceifada dia a dia,pelos meus semelhantes.

Hoje este meio ambiente desesperado grita por socorro.Mas nós ,os homens,seres que se dizem racionais,quase nada fazemos.

Por favor ouçam o choro ,vejam as lágrimas que a natureza derrama por nós..

Luiz

O amor!

O AMOR




O amor é uma bela flor

Que exala o mais nobre perfume

Mas que ás vezes causa dor

E em outras crises de ciúmes.



Ao mesmo tempo que nos trás felicidades

Nos seus ramos pode ter espinhos.

Se não houver cumplicidade,

Podemos perder todo o carinho.



Quando o ciúme começa

A flor murcha e perde o cheiro

Se não agirmos depressa

O amor se perde por inteiro.





Por Luiz

sábado, 4 de dezembro de 2010

Um exemplo de vida!

Você já viu um filhote de Ouriço Cacheiro (Porco Espinho)??



É um fofinho picante. Mas, não deixe de ler a fábula, que é o mais importante...!



























A Fábula do Porco-espinho.

Durante a era glacial, muitos animais morriam por causa do frio.

Os porcos-espinhos, percebendo a situação, resolveram se juntar em grupos, assim se agasalhavam e se protegiam mutuamente, mas os espinhos de cada um feriam os companheiros mais próximos, justamente os que ofereciam mais calor.

Por isso decidiram se afastar uns dos outros e começaram de novo a morrer congelados.

Então precisaram fazer uma escolha: ou desapareciam da Terra ou aceitavam os espinhos dos companheiros.

Com sabedoria, decidiram voltar a ficar juntos.

Aprenderam assim a conviver com as pequenas feridas que a relação muito próxima podia causar, já que o mais importante era o calor do outro.

E assim sobreviveram.

Flores.




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Liberdade.




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