Ser
sem coração.
Sinto em meu cerne a machado cortar
E do corte minha seiva límpida jorrar
Minha vida ceifada lentamente
Pelas mãos insanas de um demente
E no verão que se aproxima
Não terás mais a minha sombra
Pra descansar e ouvir o cantarolar
Dos pássaros que te anima.
Agradeço ao vento
Por semear as minhas sementes
Ao longo da enseada
E que este ser que me derruba
Pense em teus filhos e teus netos
E deixe que viva as florestas
Porque sem elas eles não viverão.
Luiz
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