Desmatamento
Que triste fim o da árvore
Que de sombras nos cobriu
De frutos nos alimentou
Nas mãos do homem tombou
O regato cristalino que corria
Sutilmente levando tuas sementes
Já sem forças não carrega.
Mas serpenteia entre as pedras,
Molemente a parar.
Entre um tombo e outro
As folhas que a corredeira
Levava pra cachoeira
Agora não leva mais.
Um apelo eu deixo aqui
Não desmate as cabeceiras
Nem as margens e as ladeiras
Deixe livre a cachoeira
Nas sombras dos matagais.
Luiz
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