sexta-feira, 30 de outubro de 2015

seca

Nasci entre as montanhas
Em um leito coberto e sombreado
Pelas frondosas e gigantescas árvores.
Em meio às matas, fazendo voltas,
Eu serpenteava.
Nas pedras eu me espalhava
Formando cascatas eu avistava
Os campos verdes onde eu passava.
Nas águas límpidas eu abrigava
Várias espécies de animais.
Hoje lamento meu leito límpido
Já não existem.
Águas barrentas, nada de peixes, nem mesmo vida.
Nada de mata, nada de sombra.
Já não espalho nas lajes húmidas.
No fundo mesmo
Só os cascalhos
Das erosões

Luiz

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