sexta-feira, 30 de outubro de 2015

seca

Nasci entre as montanhas
Em um leito coberto e sombreado
Pelas frondosas e gigantescas árvores.
Em meio às matas, fazendo voltas,
Eu serpenteava.
Nas pedras eu me espalhava
Formando cascatas eu avistava
Os campos verdes onde eu passava.
Nas águas límpidas eu abrigava
Várias espécies de animais.
Hoje lamento meu leito límpido
Já não existem.
Águas barrentas, nada de peixes, nem mesmo vida.
Nada de mata, nada de sombra.
Já não espalho nas lajes húmidas.
No fundo mesmo
Só os cascalhos
Das erosões

Luiz

quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Ea vida passa


E o tempo se esvai
A idade avança
Acaba a esperança
Mas o tempo jamais.
Na terra, já era,
Agora a esperança
De alguma mudança

Lá, junto do Pai.

A mais bela sereia

 O céu repleto de estrelas
E a lua prateada nas águas
Refletem as magoas
Chorosas, que a viola planteia.
Na areia, seu corpo repousa,
E a noite menina deixa
Que as nuvens projetem
As sombras que cobrem a nudez
Da bela sereia.

sábado, 3 de outubro de 2015

As flores têm seus espinhos
A vida os dissabores,
O homem, os seus amores.
A ferida dos espinhos,
O perfume destas flores.
Sofre o homem quando perde
O amor de seu amor
Morre a flor quando se arranca
As flores e os espinhos.
Perde o homem sua alegria
Quando deixa a emoção
Se alojar no cantinho,
no cantinho de seu coração.


Luiz 3/10/2016