quarta-feira, 14 de dezembro de 2022

 A noite

Os grilhões
E os gritos
O asco
Nas mãos dos 
Carrascos
Sofre o pobre
Esbalda o rico
Só resta o grito
Nas mãos
Mesquinhas
De nossos políticos.

 Luiz

Escravo

 O vento

O açoite
Os negros
E as noites
A dor 
E a tortura
O rico 
E o pobre
Escravos 
Abolição?
Escravos seremos
Não é o que queremos
Mas...
Escravos seremos.

Luiz .

Fim

 


Distância que abriga
O tempo,
O enigma,
Os belos,
Os feios,
Os pobres
E os ricos?
A tristeza,
A beleza
A dor a alegria
Euforia
Saudades
Remorsos
Vaidades
Lembranças
Distâncias
Lealdade
Maldade
Egoísmo
Cultura
E também a 
Sepultura!

Luiz, Ipatinga, outubro,2021.

E feliz?

 [1/10 07:34] Luiz Gonzaga Andrade: É feliz?

Foi feliz?
Carrega nas costas
O peso da tristeza
Leva consigo um pacote de saudades
Um pouco de remorso
E um mundo de arrependimento
Pelas ações incoerentes
Inocentemente praticadas
Foi-se a vida ...
E...nada .

Luiz.
[1/10 07:35] Luiz Gonzaga Andrade: O azul é do céu,
O verde é das matas,
O rubro do fogo
Que queima 
E aquece
Amarelo,rosa e anil
São cores também do Brasil!

Luiz.

O amor

 Me toca os dedos imaginários

A alma e o coração
Neste lindo cenário
Um pouco da emoção 

Viajo no tempo,no espaço
O amor me deixou saudades
Me apertou em teus braços
Me sufocou com teus beijos

A tua face,a tua face 
Sorrisos,
Faceira,
Abria a cancela,
A janela 
Do meu coração.

Luíz
, Ipatinga 23 de setembro 2023

sábado, 10 de agosto de 2019

Punhal sem ponta

Um punhal sem ponta
Que destroça e avança
Rasgando as entranhas
Sem piedade, arranca a pele,
Destroça os ossos.
O corpo sangra, os olhos ardem,
A escuridão avança o corpo
Já sem forças cai.
Não se vê aparente ferida,
Mas o corpo sangra,
Mas os olhos ardem.
O coração dispara, angustiado,
Sem ação, mutilado fica.
Perde a esperança, despede-se da vida.
Estenda-lhe a mão amiga, pois
O punhal sem ponta que lhe
Roubou a vida é a depressão!
Ipatinga,
Luiz/07/08/2019

Boneca de porcelana


Boneca de Porcelana

Branca, de cabelos negros e curtos,
Maça do rosto avermelhada, olhos azuis.
Era tão frágil que quase não podia estar nas mãos das meninas,
Pois se quebrava facilmente.
Pois é, nada a ver com o que quero contar,aliás,tudo,ou quase tudo.
Madrugada, o sono me foi roubado por pensamentos, me levantei,
Sentei no sofá da sala e viajei no tempo.
Tinha mais ou menos doze anos, não importa a idade certa, cursava
O quarto ano primário, uma imagem veio-me a lembrança,
Lá no cantinho da sala uma coleguinha de sorriso fácil, porém tímida,
Seus olhos coloridos, suas bochechas avermelhadas,
Cabelos curtos e lisos.
Os anos se passaram mais de cinquenta, nunca mais a encontrei,
Também as lembranças não apagaram de meu inconsciente,
E hoje tive novamente a visão da Bonequinha de Porcelana.

Ipatinga
10\08\2019
Gonzaga