segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

Chuva

Chuva que cai lentamente
Escorrega nas folhas
E molha as sementes
Que vão germinar
E formam as bolhas
Que giram no ar,
E rola nas matas
Formando cascatas
Avolumam nas vargens
Formando espumas
Que como uma pluma
Desfazem no ar.
Espalham as sementes
Que ao longo das margens
Vão germinar.
E leva a saudade
E leva a esperança
Pra longe,
Pro mar.
Luiz/15/12/2016

segunda-feira, 28 de novembro de 2016

O ultimo beijo

O último beijo
Senti, era o último beijo!
Pela janela entreaberta
Vi que suas lindas cores
Desbotavam sob o sol.
E ela veio de mansinho
Cheirou as flores,
Deu beijinho.
Colheu seu néctar e partiu.
Era a última vez, pois para a flor
A vida ali acabava.
E a borboleta voava distante
Em voos rasantes procurava
Outra flor para beijar!
Luiz/24/11/2016

sábado, 12 de novembro de 2016

Porque foges de mim?

Porque, porque foges?
Por acaso é por findar a primavera?
As flores secas já então sem néctar?
Acabou se a magia, o perfume e o encantamento?
Não me deixes, ainda tenho néctar perfume e beleza,
Resta-me um fio de vida e esperança,
Uma lembrança de teus beijos a sugar meu néctar.
Envelheci, mas ainda exalo algum perfume.
Tenho ainda um sopro de vida,
Tenho ainda esperança
De ser tocado novamente por teus lábios,
Abra suas asas e volte,
Ainda posso saciar a tua fome!
Luiz 03/10/2016

Que trazes pra mim?

Borboleta amarela
Pousada em minha janela,
Que trazes pra mim?
Trago o perfume das flores,
Da rosa e dos jasmins.
Trago lembranças e as lágrimas,
Trago a pureza da alma
E a leveza do amor.
E com a brisa matutina
Trago o perfume e o amor.
Dizendo-me estas palavras
A borboleta voou,
Batendo suas asinhas
Nas matas ela adentrou.
Deixando-me só a saudade
Daquela que me amou!


Luiz\12\11\2016

segunda-feira, 3 de outubro de 2016

Amando

Amando
Se quiseres ver como te amo
Estenda-me a mão, me empresta o coração.
E verás que cheio de amor, envolverei seu corpo.
E farei carinhos jamais imagináveis
Então deixarei a luz, deixarei a paz no seu caminho!
Luiz

Criança sonhos!

Criança que conversava com os passarinhos, seguia os caminhos das formigas cortadeiras,
Corria nos gramados naturais e escondia nas moitas de bananeira.
Seus monólogos com as plantas eram constantes,elogiava,brigava reclamava com elas de tudo, de todos. Sem ouvir resposta, era o que queria.
Dividia o amplo espaço dos terreiros com as galinhas, os patos os gatos e todos os animais,
Corria em torno da horta e do chiqueiro onde os porcos se banhavam no barreiro.
No espaço grande onde a noite remoíam os bois,brincava com o rodo fazendo caminhos e entre os montes de excrementos secos dos bois passava correndo,escrevendo palavras soltas ou versos como o caminho que seguia serpenteando por entre as encostas.
Seguido pelos cães seus amigos mais próximos continuava o monologo com eles pelo trajeto sentindo a coragem por eles estarem por perto.
Cresceu!Mudou-se, criou filhos e netos hoje tenta relembrar o passado, mas não consegue, os pássaros sumiram a modernidade impera não se deita mais no banco da varanda, porque não existe, não se entende mais com as plantas,não ouve as galinhas e os cães.Sente uma saudade imensa,cai na descrença se entristece e melancolicamente descobre que para ele o mundo não é mais o mesmo.
Tudo passado, tudo esquecido, nada mais girando sobre si, só lembrança, só tristezas.
Luiz Gonzaga 02/10/2014

Porque?

Porque deixaste que a luz que ilumina
As profundezas de tua alma
Se apagasse?
Seria por acaso a descrença no amor
Que por ti eu jurava?
Ou seria porque você já não mais me amava?
Deixai que pelas portas do infinito eu saia
De tua vida e siga por caminhos incertos e tortuosos
Chorando as magoas de um amor vencido
Chorando as alegrias que tenha perdido.
Partirei sozinho assim como vim ao mundo
Assim como vim ao mundo viverei sozinho.

terça-feira, 5 de julho de 2016

Poesia

Acordei! Manhã nublada e fria!
Minha mente estava vazia,
Uma dor apertava meu peito,
Foi então que me veio
A vontade de escrever poesia!
A chuva fina caia, no quintal,
A rolinha gemia,
O beija flor visitava todas as plantas floridas.
E de cores foi enchendo
O nascer de um novo dia!
E foi assim que escrevi,
Nas folhas úmidas de orvalho,
Com as gotas de meu trabalho,
Esta bucólica poesia!
Luiz/02/07/2016

domingo, 5 de junho de 2016

Abra a porteira

Abra a porteira! Já passou a boiada!
Agora só falta o carreiro,
Portando a sua guiada!
Vem imponente, cheio de orgulho!
Tangendo a junta de bois que arrasta,
Com o choro do carro, sua carga pesada!
Passa-se o tempo, passa-se a vida,
Mas não passa mais nada,
Pois ele já se foi, junto com a sua guiada!
Agora só resta a saudade, só ouço
No fundo o som de suas passadas!
Luiz/05/06/2016

Flor que feriu

Ah! Esta dor que tenho no peito,
É como uma tocha acesa
 Que jamais se apagou!
Toda a luz que irradia dela
Queima, despedaça minha alma!

Disse-me uma cigana que outrora
A tocha era uma flor,
 Que perfumes exalavam
E aplacavam minha dor.

Mas um dia, por feri-la,
Foi-se embora a nossa flor
E no lugar dela a tocha é que restou.
E agora o meu peito feridas
É o que sobrou!


Luiz/05/06/2016

quinta-feira, 26 de maio de 2016

Não faça de sua ternura, amargura!
Aperte os laços, deixe as tristezas,
Siga ao encalço da felicidade,
Não deixe  que a tristeza acabe
Com seu sorriso, sua liberdade!

Seja como uma estrela, derrame sua luz!
Levante a cabeça, espante a saudade.
Tire o capuz que ofusca sua luz!
Não chores,
Sorria, reflita seu brilho,
E grite ao mundo,
Eu sou feliz!


Luiz. 26/05/2016

quarta-feira, 6 de abril de 2016

E tudo continua...

Para onde vou?
Navegava em águas tranquilas, sol da manhã, sombra à tarde. Ouvia os pássaros, sentia o vento no rosto, amava a natureza. Não sabia que existia amanhã. Vivia meus belos momentos, feliz, alegre e sozinho. Deitado sobre a grama macia curtia as belezas naturais que a vida oferecia. Muitas vezes conversava com os cães, gatos, galinhas ou qualquer outro ser vivo que se encontrava em meu caminho. Chorava quando via um passarinho desesperado protegendo o seu ninho de um predador, ao mesmo tempo em que sofria ao saber que o predador tinha que se alimentar e por isto, só por isto, ele caçava.
Cresci, e pouco a pouco fui obrigado a sobreviver, veio à tempestade e atirado ao longe, um turbilhão de imagens se formou em minha mente. Desgarrado, solitário na vida, não tinha destino, vagava...
Foi-se o tempo, e só restaram as lembranças, não se ouvia mais os pássaros nem mesmo o ruído das águas na cachoeira... Agora só o barulho infernal das máquinas, os apitos estridentes dos trens, o alarido de pessoas, um vai e vem de frenéticos transeuntes e trabalhadores. Não sabia por que me encontrava entre eles. Veio à saudade, a tristeza, a angustia, perdido na noite, perdido no inferno de máquinas, ruas, casas, muita gente.
A noite chorava, ouvia gritos, blasfêmias, briga sirenes da polícia e das ambulâncias, estava no inferno.
Sentia-me, às vezes perdido, ouvindo, ao passar, uma música no rádio, ela me soava triste marcante. E eu me distanciava da realidade e chorava... Minhas lagrimas não eram notadas, nem eu, era um nada no meio do tudo. E apesar das escorregadas, dos tombos, eu continuava vivo.
Muitas batalhas vencidas, outras perdidas e partia como um soldado inocente que vai para a guerra, eu segui o meu rumo, ou sem rumo.
E os anos se foram, e a vida continuava monótona, sem sentidos.
Lá fora as máquinas, o progresso, estradas eram abertas e árvores, florestas inteiras derrubadas. Em nome do desenvolvimento vidas humanas, animais e árvores foram perdidos. Segue o ciclo e continua a barbárie, nascentes aterradas, prédios e pontes e a água que jorrava míngua, e todos estão cegos, não querem ver o que fazem...
Contínuo na busca, de que?Por quê?Para onde?Seguindo os caminhos, estradas, pontes, trilhas escadas e continuo sem saber para onde vou.
E os meus gritos se perdem na escuridão, no deserto, na tristeza e na saudade.
Luiz,
Ipatinga/02/12/2013

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

jamais te esqueceri

Passam-se as horas, passam-se os dias.
E apesar de tudo continuo te amando.
Chega à noite e em sonhos, te amo.
Aconchegante o teu corpo, quentes os teus lábios.

Inebriado de amor, sugo teu néctar,
De amor me embriago de êxtase com seus afagos.
Paixão, amor e sensualidade.
Sempre como a primeira vez, sempre apaixonado.

Tenho saudades, ao seu lado adormeço,
Deixo-me levar pelas ondas do mar
Sonho, e no sonho, eu te amo.
E no sonho sempre eu te amo!

E no sonho, sempre,
Eu te amo!
Eu te desejo,
Eu te quero!


Luiz/15/02/2016

domingo, 14 de fevereiro de 2016

Ainda tenho esperança

Ah! Os teus sorrisos tímidos,
Enlouquecem-me, desperta
Os meus desejos. acorda
Meus profundos sentimentos.
Já não suporto todo sofrimento,
Minha vida é só esperar
Que você volte para me alegrar.

Se tudo acabar, prefiro
Deixar que a correnteza
Araste-me e envolva
Meu corpo com as espumas do mar.

Mas, tenho a esperança
Que acordes um dia e venhas
Novamente me encontrar,
E na taça da vida, sutilmente me brinde
Com um cálice de amor!


Luiz 14/02/2016

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

Porque não consigo viver sem você?
Já tentei te esquecer,
Mas as lembranças lindas que do que vivemos
Os momentos, os sorrisos, a timidez.
Será que viemos um para o outro,
Ou será que a vida é uma mera ilusão?

Já tentei, mas não quero te esquecer,
O que seria minha vida sem você?
Um labirinto de mentiras, um deserto sem verde.
Um mar seco sem águas, sem vida!

Não, não te esquecerei, levarei comigo,
Estas lembranças, estas imagens
Que não se apagam,
Levarei comigo tudo que vivemos e
Levarei comigo o que não vivemos.

Partirei com as lembranças
Do primeiro beijo, dos primeiros passos
Dos nossos abraços, de nossos fracassos
Enfim dos laços, que nos uniram!!


Luiz/10/02/2016

sábado, 6 de fevereiro de 2016

O final dos tempos

Silêncio nas noites,
Não se ouve o coaxar dos sapos
Nem o silvar das serpentes
O barulho das águas sessou
Repentinamente o tempo parou.

O sol não despontou,
As estrelas e a lua apagaram seus brilhos
Só a escuridão, sem sons, sem luz, sem calor.
Impera a solidão, impera a dor.
Foi assim, assim que o mundo apagou.

E do sonho restou à lembrança,
Pois ainda existe esperança,
Apesar dos estragos que o homem causou,
De salvar o que ainda restou
Da mãe terra que nos criou!


Luiz/06/02/2016

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

É a morte dos rios

São gritos nas noites,
São suspiros e ais
São gemidos de dores,
São ramos e flores
São lamentos gerais.

São árvores gigantes,
São rios que choram,
São matas que caem.
São bichos que correm,
São os pobres animais

Que fogem do fogo,
Que bebem das águas
Ou dos lamaçais.
E a culpa é do homem
Que com sua ganancia
Nem mesmo se importa
Com a morte eminente
Dos nossos mananciais.


Luiz/03/02/2016

terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

domingo, 24 de janeiro de 2016

sou o sabiá


Nas madrugadas eu canto
Pra despertar os encantos
Do dia que vem chegando.
Do alto da laranjeira eu já vejo
Os lindos raios de sol
Que vão você acordar.

De leve o sereno se vai
A noite na sombra se esconde,
E as cores com o sol a brilhar
No seu leito de leve acaricia
Seu corpo, que a pouco dormia.

E meu canto suave mistura
Aos sons da natureza que
Desperta a sua beleza
Para o dia que vai começar!

Sou a voz que te desperta dos sonhos
Sou a voz que te faz sonhar,
Sou a voz que ouves ao deitar
Sou a voz que vai te acordar!
Sou a voz majestosa de um sabiá!

Luiz Gonzaga/24/01/2016

sábado, 23 de janeiro de 2016

e com as chuvas

As chuvas

Mais um dia de chuva!
Quanta beleza, a natureza,
Revigorada agora
As arvores que brotam
Os galhos tenros  se movem.
A água corre abundante
Nas entranhas da terra,
Sementes germinam gerando
Novas plantas, novas vidas.
Eis que a natureza revigora,
Um exemplo do que ela é capaz,
Basta que déssemos a ela a chance

De nos salvar!

O tempo não leva

Sorriamos, chorávamos,
De alegria ou tristeza
Vivemos momentos únicos.
Por caminhos estreitos ou vastos,
Por alamedas floridas ou secas.
A vida segue e entre sorrisos
E lágrimas, continuamos vivendo.
Ser feliz é caminhar juntos
Por estes caminhos,
Trocando sorrisos e caricias.
É relembrar as boas do passado
E viver o melhor do momento.
E a vida continua...
 Os passos lentos, os olhos tristes,

Sinalizam a caminhada árdua pela vida!

Luiz Gonzaga/23/01/2016