O último dia
de um carreiro
Manhã de
sol.
O galo
cantava frenéticamente, prenunciando o alvorecer de um novo dia.
Pássaros
canoros entoavam belíssimas melodias como se estivessem comemorando o assomar
sorrateiro dos primeiros raios solares, que infiltravam, atrevidamente, por
entre abundantes folhagens da vegetação; evaporando os salpicos de orvalho que
por ali se aglutinavam.
O carreiro
levantou-se, juntou gravetos, e com o braseiro que restava no borralho do
fogão, reacendeu o fogo, preparou uma merenda, e, sorveu uma caneca de café.
Juntou o
gado, desleitou as vacas. Atrelou a junta de bois ao carro e partiu para a
labuta.
No cabeçalho
do carro, empertigado como um REI,
tangia os bois com destreza e
habilidade, com palavras simples e objetivas, dialogava co a parelha.
Ramos floridos moviam-se horizontalmente na passagem lenta e
monótona do carro, que deslizava suavemente, serpenteando pelos caminhos
tortuosos.
Sobre um
espigão, destacava-se na paisagem, um esplêndido cruzeiro, que reinava majestosamente:
era ali o ponto final de nosso herói.
Um pequeno
barranco, um ressalto natural provocado pela erosão das enxurradas, que por
ali, caprichosamente, deixara um sulco.
Nenhum comentário:
Postar um comentário