sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Meu pai!


O último dia de um carreiro

Manhã de sol.
O galo cantava frenéticamente, prenunciando o alvorecer de um novo dia.
Pássaros canoros entoavam belíssimas melodias como se estivessem comemorando o assomar sorrateiro dos primeiros raios solares, que infiltravam, atrevidamente, por entre abundantes folhagens da vegetação; evaporando os salpicos de orvalho que por ali se aglutinavam.
O carreiro levantou-se, juntou gravetos, e com o braseiro que restava no borralho do fogão, reacendeu o fogo, preparou uma merenda, e, sorveu uma caneca de café.
Juntou o gado, desleitou as vacas. Atrelou a junta de bois ao carro e partiu para a labuta.
No cabeçalho do carro, empertigado  como um REI, tangia os bois com  destreza e habilidade, com palavras simples e objetivas, dialogava co a parelha.
 Ramos  floridos  moviam-se horizontalmente na passagem lenta e monótona do carro, que deslizava suavemente, serpenteando pelos caminhos tortuosos.
Sobre um espigão, destacava-se na paisagem, um esplêndido cruzeiro, que reinava majestosamente: era ali o ponto final de nosso herói.
Um pequeno barranco, um ressalto natural provocado pela erosão das enxurradas, que por ali, caprichosamente, deixara um sulco.

Nenhum comentário:

Postar um comentário